O reencontro tão esperado

Preciso compartilhar com vocês a história da nossa querida amiga Cristina que, atualmente está irradiando de felicidade por ter reencontrando, após muitos anos, sua mãe biológica. Abaixo público seu depoimento na íntegra. Parabéns Cristina, você merece! A alegria estampada em seu rosto tem contagiado a todos e merece ser socializada. Um grande beijo no seu coração querida! 

“Uma história de perseverança e esperança, essa é a minha história. Desde pequena tive por objetivo encontrar minha mãe, fui criada por dona Eliza Jofre, costureira e Sr João de Sá, português tapeceiro, sem saber as reais causas da separação entre eu e minha mãe, sabia que tinha uma Irma maior que eu de nome Goreti, havia varias versões sobre nossa separação, e as pessoas que ficaram comigo não falavam sobre minha mãe, esse assunto, era proibido. Cresci em meio a muita discriminação, não podia ter amiguinhas na escola, tinha que cuidar dos afazeres domésticos e cuidar de muitos gatos e cachorros. Em dias comemorativos eu ficava triste e não gostava, como: dia das mães, aniversário, natal e ano novo, pois, todos comemoravam e abraçavam suas mães e eu não tinha esse abraço e era motivo de piadas. Procurava nas ruas mulheres com idade imaginadas por mim que teria minha mãe e colocava a mostra um sinal de nascença que tinha no braço esquerdo, na adolescência escrevi para vários programas de radio e televisão, com a chegada da internet entrei em contato com sites de busca de pessoas desaparecidas; me agarrava a toda ponta de esperança. Casei-me e continuei na busca, sem apoio do meu marido; faleceram as pessoas que cuidaram de mim, veio a separação do meu casamento. Constitui uma nova união e tive apoio do meu atual marido Silvan, a cada sinal de uma pessoa com mesmo nome de minha mãe que surgia, ele ia a sua procura, sem sucesso. Com o passar dos anos a idade de minha mãe tornava-se mais avançada e as esperanças vão se minando, mas eu não desistia, apenas calei-me e passei a uma busca silenciosa, uma vez por mês pesquisava na internet em sites de busca de desaparecidos, policia civil, redes sociais como Orkut e Facebook, por anos sem sucesso, mas na esperança de que Deus tem um plano para todos e que tudo que se deseja de coração o universo conspira a favor, continuei ; até que no ultimo dia 1 de maio de 2012 , pesquisei pelo nome dela numa rede social Facebook e, qual não foi minha surpresa , surgiu um perfil, visitei esse perfil, havia uma foto de uma senhora e uma garota, pensei a garota não pode ter esse nome Benedita Ângela da Silva, mas a senhora da foto aparentava ter a idade aproximada de minha mãe, abri e fechei diversas vezes esse perfil, olhei álbuns dela e dos amigos e familiares que estavam na pagina dela e, num desses álbuns vi uma menina extremamente parecida comigo quando criança. Então, decidi enviar recados para todos os amigos de Benedita Ângela da Silva e mencionei os nomes de meus avós Maria Patrocincia da Paz e José de Oliveira Silva, deixei contato para no caso de ser ela. E a noite recebi uma ligação telefônica e a busca de 48 anos teve seu final, quem me ligara foi minha irmã Anamara, marcamos um encontro, conversamos e fui encontrar minha mãe e as outras irmãs Paula e Goreti e cunhados sobrinhos . No dia 2 de maio de 2012 senti-me uma criança que ganhara um presente de Papai Noel, o encontro foi na casa de minha irmã. Ganhei uma família maravilhosa, uma mãe adorada e agora somos eu, minha mãe Benedita Ângela da Silva, Maria Goreti Bratti, Anamara Salgado e Paula Salgado, sobrinhos Caetano, Juliane, Cunhados Cristiano, Adriano e Murilo bisneto, o cunhado Adriano Caldeira e ainda tem muito mais familiares para conhecer. O Dia das Mães deste ano será o melhor de todos e a felicidade estará completa. Por isso sempre disse e agora afirmo: tudo tem seu tempo e sua hora, o Universo sempre conspira a favor quando se quer de coração verdadeiro e Deus não desampara seus filhos.”

Por Maria Cristina da Silva.