A morte de Amy Winehouse chocou o mundo e levantou várias questões sobre as drogas. Nesse sentido, não dá para ver tudo o que está acontecendo e ficar calado. A questão não é analisar ou elaborar um mapa psicológico da cantora e sim entender que os viciados são seres criados por monstros transgressores que estão bem diante de nossos olhos e nada é feito para mudar esta realidade. Amy, Maria, João, Carlos, Rosana e tantas Amy´s tentam se aniquilar como forma de denúncia, de desabafo, de desespero, retratando uma verdade nua e crua que a sociedade não quer enxergar. Estão morrendo porque não aceitam entre tantas coisas as neuroses financeiras como: carro, apartamento, status..., porque não aceitam ficar sentados na poltrona vendo TV num dia de domingo, etc. É o poder matando para que haja uma “civilidade” que somente interessa a quem?
Em respeito aos milhares de Amy´s, precisamos tirar a venda de nossos olhos e deixarmos de ser medíocres. A sociedade deve se mobilizar e cobrar do Estado à necessidade de implantação de espaços que recebam os aprisionados pelas drogas e que precisam de confinamento para seu tratamento. Este debate urge! Não podemos nos apequenar, nos acovardar e compactuar com a incompetência do poder público.
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