segunda-feira, 17 de outubro de 2011

São Paulo possui a pior mobilidade urbana sustentável do Brasil

Do site Linha Direta



A cidade de São Paulo obteve a pior posição entre nove capitais brasileiras em um ranking de mobilidade urbana sustentável, aponta o Estudo Mobilize 2011, realizado pelo portal Mobilize Brasil.


O estudo tem por essência reunir e comparar informações de órgãos governamentais, institutos de pesquisa, universidades e entidades independentes. Segundo a pesquisa, na escala de zero a dez, a capital paulista atingiu a nota 2, impulsionada pela forte presença do automóvel no transporte cotidiano, em uma cota de aproximadamente 30% das viagens. Além disso, contribuiu para a baixa nota a alta tarifa de ônibus na cidade e a pequena extensão de vias adequadas para bicicletas. O estudo também apontou que a capital possui altos índices de acidentes de trânsito, o que contribui para o resultado negativo.

Paralelo à São Paulo está Cuiabá, com a nota de 2,4. A pesquisa identificou que o crescimento da frota de autos e motos, poucos investimentos no sistema viário e transporte público impulsionaram a posição da capital no ranking. Além disso, também foram apontados como agravadores da nota a tarifa de ônibus e os graves problemas de trânsito.

Em contrapartida, o Rio de Janeiro e Curitiba tiveram o melhor desempenho, atingindo as pontuações de 7,9 e 7, respectivamente. O Rio foi destaque no ranking devido à pequena parcela de uso de transportes individuais para deslocamento (13%), pelos baixos índices de mortos no trânsito e pela extensão de ciclovias, que constantemente vem crescendo. Outro ponto positivo apontado pelo estudo é a posição que a capital carioca está no índice de acessibilidade universal dos ônibus, sendo essa a terceira colocação.

Já Curitiba obteve bom resultado na pesquisa impulsionada por sua alta disponibilidade de ônibus acessíveis a pessoas com deficiências (90% da frota), menor número de mortos em acidentes de trânsito e ampla rede cicloviária.

O estudo avaliou questões como extensão de ciclovias em relação à extensão do sistema viário; comparativo entre renda média mensal da população e a tarifa de ônibus urbano; balanço entre quantidade total de viagens realizadas e quantas são feitas por transporte individual e/ou coletivo; porcentagem de ônibus urbanos acessíveis a pessoas com deficiência física e quantidade de mortos em acidentes de trânsito por ano.

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